martes, mayo 30, 2006

Alguns Retalhos

Retalhos
Ausência de espaço
Pedaços de mim
Cosidos pelo acaso
Conjugação de ideias
De quem não pensa
Fragmentos aproveitados
Reciclados pelos minutos
De uma existência ténue…

Destruíram uma parte de mim
Sem perguntar nada
Apagaram da memória pensamentos
Inutilizaram o poeta para sempre
Frios e calculistas repousam nas cinzas
Foram consumidos pelas chamas
Desapareceram lentamente…




Gira, roda, rodopia,
Como um pião, a vida,
O sol da infância perdida,
O amanhecer da juventude tardia.

Os sonhos que voam como aves de rapina
No picadeiro da montanha
Velozmente nos surpreendem
E no infinito
O tudo é nada




Escreve-se a um canto,
Admira-se!
Por leve sobressalto, suspira-se!

Onde estás tu?
Minha ilusão fatal!
Cresce por ti um ódio que é mortal!

Caída a um canto...
Um calvário de desespero
Forma em mim um pranto
Um desterro...

Ilusão... quimeras
Olho para ti
E tu desesperas...
Morres só em me ver!
Odeias-me,
Queres-me ver morrer!
Degolas-me com o olhar,
Serias capaz de tudo:
Até de me matar!
Eu
Resisto em respirar
Desprezo-te
Acabas por te suicidar...
“Ilusão!”




Não ficou uma pedra somente…
As ondas batem suavemente…
Na ilusão de um olhar perdido
O sol beija a minha face deliciosamente

No queda ya una lagrima solamente
Para te poder decir que junto al mar
Te quedo esperando mientras miro las estrellas y la luna,
Mi compañera hasta el final de mi vida…



Na avenida:
Os passos
Perdidos de tudo
Da ilusão de um sonho
Que pensavas há muito perdido
Quimeras e questões
Abandonadas ao seu destino
Olhares súbitos de pessoas cegas
Com sede de ouvir blasfémias
Ritmadas e constantes
Passos que se perdem nas calçadas
Sonâmbulos sem rumo
Autómatos de um espaço
De um tempo que não existe...
Na avenida:
O tempo
Algo que não se vê
Troca-se com o olhar e...
Acaba,
Para os perdidos:
Um labirinto de incógnitas
Que nos fazem conhecer uns aos outros,
O ruído apodera-se de nós num momento,
Não acreditas em ti próprio,
Colocaste em choque
Não crês!
O teu Deus já morreu há muito
Talvez o de todos nós
Que nos desacreditamos de tudo
Talvez... Na avenida...




Non teño medo das críticas de identidade
De ser pagá dun soño
De me sentir oriunda de unha terra
Que non me pertence,
De quen son
Fronteiras políticas non me din nada
Sempre estivemos unidos, unha lingua
¡Un río que nos alimenta, os costumes, todo!
Son filla da terra, non renego as miñas orixes,
Acepto as críticas de persoas sen razón,
¡Que non aceptan esta forma de estar contigo!
Comigo,
¿Por que fuxir da realidade?
Os meus antepasados, as miñas terras foron túas,
¿Por que omitir?
¡Está no tempo de facer algo!
Alimentar o soño
Non caer en futilidade,
¡Vamos construir!
¡Vamos afirmar quen somos!
“Galiza”



Hoxe hai no ar máis cousas
Das que pensabas ter perdido
Atopaches o teu descoñecido nas fragas,
Non querías confiar
Que había novos horizontes
En que podías crer.

Hoxe foi un gran día para nós
Axudámosche a seguir en fronte
Ó mellor: a pedirche que creas en ti
Mais ca nunca sé ti!
Unha persoa simple e real
Perdida polos números infinitos
(Converxe cando o limite é finito)
Cousas que non che dan de comer
Que che amolan a cabeza
Loucamente.

Hoxe hai maxia no ar
O futuro agárdate
Polas rúas infinitas
Cos limites en que non cres

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